sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hubble Captura Vida Nova em Uma Galáxia Antiga


Acreditou-se uma vez que as galáxias elípticas eram cidades que continham estrelas antigas formadas há bilhões de anos atrás.
Mas novas observações feitas com o Telescópio Espacial Hubble da NASA estão ajudando a mostrar que as galáxias elípticas ainda possuem um certo vigor jovem, graças a encontros ocorridos com galáxias menores.
Imagens feitas do centro da galáxia NGC 4150 na luz ultravioleta próxima com a visão aguçada da Wide Field Camera 3 (WFC3), revelam correntes de poeira e gás e aglomerados de estrelas jovens e azuis que tem menos de um bilhão de anos de vida. Evidências mostram que o nascimento das estrelas foi disparado pela fusão com uma galáxia anã.
O novo estudo ajuda a consolidar a ideia de que a maioria das galáxia elípticas têm estrelas jovens, trazendo uma nova vida para galáxias velhas.
“Acreditava-se que as galáxias elípticas eram feitas completamente de estrelas com bilhões de anos de vida””, disse o astrônomo Mark Crockett da University of Oxford, líder de observações do Hubble. “Elas consumiram todo o gás utilizado para fazer novas estrelas. Agora nós estamos encontrando evidências de nascimento de estrelas em muitas galáxias elípticas geradas na maior parte pelo canibalismo com galáxias menores.
“Essas observações sustentam a teoria de que as galáxias são construídas por bilhões de anos pela colisão com colisões de galáxias”, continua Crockett. “A NGC 4150 é um exemplo dramático no nosso jardim galáctico de uma ocorrência comum no início do universo”.
As imagens do Hubble revelam atividades turbulentas nas profundezas do núcleo da galáxia. Aglomerados de estrelas jovens e azuis traçam um anel ao redor do centro que está rodando junto com a galáxia. O local de nascimento de estrelas tem aproximadamente 1300 anos-luz de comprimento. Longas linhas de poeira tem sua silhueta destacada contra o núcleo amarelado, que é composto por sua vez por populações de estrelas mais velhas.
A partir da análise que o Hubble faz das cores das estrelas, Crockett e sua equipe puderam calcular que a explosão de formação de estrelas começou a aproximadamente 1 bilhão de anos atrás, um evento relativamente recente na história cosmológica. Desde então a fábrica de formação de estrelas tem experimentado uma queda na produção de estrelas.

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