domingo, 4 de dezembro de 2011

Uma opção para feira de ciências ou mostra cultural: extração de pigmentos vegetais.

OS PIGMENTOS VEGETAIS
ÚPigmentos são os compostos químicos responsáveis pelas cores das plantas ou animais. Quase todos os tipos de células, como as da pele, olhos, cabelo etc. contêm pigmentos.
ÚExistem pigmentos naturais (orgânicos e inorgânicos) e sintéticos. Os pigmentos agem absorvendo seletivamente partes do espectro de luz e refletindo as outras. Quando existe a ausência destes pigmentos em seres, são chamados de albinos.
Nas plantas (e suas flores) as cores são possíveis graças a determinados pigmentos que são uma característica dos genes presentes no DNA das plantas. Os genes da planta é que determinam que tipo desses pigmentos serão produzidos, combinados ou suprimidos, pelos complexos processos bioquímicos do metabolismo vegetal, cuja biossíntese é controlada por uma série de reações envolvendo muitas enzimas.  Já em 1975 havia mais de 2000 dessas substâncias perfeitamente identificadas. Existem três classes principais de substâncias químicas associadas geralmente às cores das flores: as clorofilas, os flavonóides e os carotenóides.
O mais abundante dos pigmentos é a clorofila, responsável pela cor verde em todos os vegetais e que tem importância vital  na subsistência destes, possibilitando a fotossíntese. A clorofila está presente nas folhas, galhos e frutos, em quase todas as plantas. Em algumas, pode ser também encontrada nas raízes e flores. No que se refere à cor, existem dois tipos de clorofila: o Tipo A de tonalidade verde-azulada, de maior presença nas folhas  e o Tipo B, verde-amarelado.
Antocianinas são pigmentos solúveis em água, dissolvidas no meio aquoso dentro dos vacúolos celulares e sensíveis ao PH desse ambiente. A cor de uma antocianina individual  varia  desde o vermelho (condição ácida) até o azul ou amarelo (condição alcalina). A coloração final apresentada pelo tecido  vegetal, entretanto, depende de outros fatores além do PH, tais como luminosidade, a concentração  da antocianina dissolvida, a presença de íons, açúcares e hormônios. A luminosidade favorece a síntese das antocianinas. Em plantas cultivadas em ambiente de pouquíssima luminosidade, o nível de antocianina é bastante baixo (0.35 nmol/ g) enquanto o nível aumenta rapidamente (5.00 nmol/ g) em apenas seis dias de exposição à luminosidade adequada.
A antocianina é importante como pigmento nas partes das plantas e nas flores, mas também desempenha outros papéis importantes no metabolismo vegetal. É um potente bloqueador dos raios ultra-violetas (UV) provenientes do Sol.  Radiação UV produz defeitos no material genético do DNA das plantas, impedindo a divisão celular. Raios UV também interferem com a síntese de várias proteínas vitais ao desenvolvimento dos vegetais.  A antocianina, entretanto, ao refletir os raios UV, faz com que essa radiação, invisível aos nossos olhos mas visível para os insetos, cause a atração desses importantes agentes polinizadores.5. Um outro aspecto importante dessa substância é como  defensivo, pois empresta um sabor desagradável aos tecidos de certas plantas (quinonos, taninos e flavonóis), protegendo-as de servirem como alimento para animais e pragas.


Extrato da casca de uva
Extraído com água ou soluções alcoólicas da casca de uva vermelho escura, este extrato, dependendo da variedade, contém até 25 pigmentos diferentes. O corante é freqüentemente denominado enocianina, e seu principal cromóforo presente na casca de uva é a mistura complexa de antocianinas: antocianidina (aglicona), açúcar e freqüentemente ácidos. Na natureza, as antocianinas sempre ocorrem na forma heteroglicosídica, contendo uma ou mais moléculas de açúcar e da aglicona antocianidina. São solúveis em água e em mistura de água e álcool, porém insolúveis em óleos e gorduras.


Realizando a atividade investigativa

Material: uma flor bem colorida, folhas de beterraba e/ou de repolho roxo; folhas verdes (guiné, espinafre, couve ou grama); álcool, uma tira de papel filtro (coador de café) de cinco centímetros de largura um socador; um copo de plástico, para cada grupo.

Como fazer:
• Distribua os materiais necessários para o experimento, lembrando que cada grupo investigará somente um tipo de flor ou folha.
• Coloque as folhas ou flor em um copo.
• Com o socador, triture-as.
• Despeje álcool em cada material, cobrindo-o. Aguarde 15 minutos.
• Retire as folhas ou flores trituradas de cada mistura, deixando nos copos só o caldo.
• Mergulhe uma das pontas de cada tira de papel numa mistura.
• Deixe as tiras em repouso por duas horas.
• Ao retirá-las da mistura, coloque-as para secar.



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