domingo, 4 de dezembro de 2011

Lesmas-do mar: mais uma beleza colorida do fundo do mar.

             Estes animais pertencem a um grupo de Moluscos chamado nudibrânquios, que significa “com as brânquias nuas”. E atualmente são conhecidas cerca de 3000 espécies no Mundo, quase todas de água salgada, desde as regiões tropicais até aos mares da Antártida.
             
O seu tamanho varia entre os 3 mm e os 28 cm, medindo a maioria entre 5 a 7 cm.Os hábitos alimentares e as estratégias utilizadas por este grupo de seres vivos na defesa contra predadores, e no ataque a presas, são extremamente eficazes. Estão muito bem preparados para se defenderem dos predadores, normalmente peixes de pequeno e médio porte, uma vez que podem assumir a cor das suas presas, onde se refugiam. Esta característica é também extremamente útil quando pretendem atacar anêmonas, esponjas.

  Algumas são capazes de secretar ácido sulfúrico e todos os exemplares que ilustram este texto são venenosos. Todas as espécies conhecidas são carnívoras, e a maioria são predadores especializados, muito selectivos no tipo de presas. Dentro de uma mesma família é normal encontrar diferentes espécies a alimentarem-se de presas muito semelhantes.São animais hermafroditas que se reproduzem por fecundação cruzada. 

Durante o acasalamento, dois nudibrânquios se posicionam lado a lado e introduzem uma massa, repleta de espermatozóides, no interior de uma abertura reprodutiva situada na região anterior do corpo. Dependendo da espécie, a cópula pode levar apenas alguns segundos ou então se prolongar por horas. Existe até mesmo o registro de um acasalamento que durou cerca de cinco dias!
Os espermatozóides são armazenados no interior do organismo até que os óvulos estejam maduros e a fecundação ocorra. Milhares de ovos são então liberados na água do mar. Uma espécie de muco envolve os ovos, mantendo-os unidos, e permitindo que esta massa ovígera se fixe a um substrato, que, geralmente, é o corpo da presa predileta do adulto.


Fonte de imagens: 
http://www.mundogump.com.br/criaturas-inacreditaveis-do-fundo-do-mar/

http://www.nature-pictures.org/pt/foto/1320/





Leia mais: 

Criaturas inacreditáveis do fundo do mar: http://www.mundogump.com.br/criaturas-inacreditaveis-do-fundo-do-mar/

Coloridas criaturas marinhas chamadas nudibrânquios : http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=12278

Nudibrânquios: http://biologosdaua.forumeiros.com/t87-nudibranquios



Uma opção para feira de ciências ou mostra cultural: extração de pigmentos vegetais.

OS PIGMENTOS VEGETAIS
ÚPigmentos são os compostos químicos responsáveis pelas cores das plantas ou animais. Quase todos os tipos de células, como as da pele, olhos, cabelo etc. contêm pigmentos.
ÚExistem pigmentos naturais (orgânicos e inorgânicos) e sintéticos. Os pigmentos agem absorvendo seletivamente partes do espectro de luz e refletindo as outras. Quando existe a ausência destes pigmentos em seres, são chamados de albinos.
Nas plantas (e suas flores) as cores são possíveis graças a determinados pigmentos que são uma característica dos genes presentes no DNA das plantas. Os genes da planta é que determinam que tipo desses pigmentos serão produzidos, combinados ou suprimidos, pelos complexos processos bioquímicos do metabolismo vegetal, cuja biossíntese é controlada por uma série de reações envolvendo muitas enzimas.  Já em 1975 havia mais de 2000 dessas substâncias perfeitamente identificadas. Existem três classes principais de substâncias químicas associadas geralmente às cores das flores: as clorofilas, os flavonóides e os carotenóides.
O mais abundante dos pigmentos é a clorofila, responsável pela cor verde em todos os vegetais e que tem importância vital  na subsistência destes, possibilitando a fotossíntese. A clorofila está presente nas folhas, galhos e frutos, em quase todas as plantas. Em algumas, pode ser também encontrada nas raízes e flores. No que se refere à cor, existem dois tipos de clorofila: o Tipo A de tonalidade verde-azulada, de maior presença nas folhas  e o Tipo B, verde-amarelado.
Antocianinas são pigmentos solúveis em água, dissolvidas no meio aquoso dentro dos vacúolos celulares e sensíveis ao PH desse ambiente. A cor de uma antocianina individual  varia  desde o vermelho (condição ácida) até o azul ou amarelo (condição alcalina). A coloração final apresentada pelo tecido  vegetal, entretanto, depende de outros fatores além do PH, tais como luminosidade, a concentração  da antocianina dissolvida, a presença de íons, açúcares e hormônios. A luminosidade favorece a síntese das antocianinas. Em plantas cultivadas em ambiente de pouquíssima luminosidade, o nível de antocianina é bastante baixo (0.35 nmol/ g) enquanto o nível aumenta rapidamente (5.00 nmol/ g) em apenas seis dias de exposição à luminosidade adequada.
A antocianina é importante como pigmento nas partes das plantas e nas flores, mas também desempenha outros papéis importantes no metabolismo vegetal. É um potente bloqueador dos raios ultra-violetas (UV) provenientes do Sol.  Radiação UV produz defeitos no material genético do DNA das plantas, impedindo a divisão celular. Raios UV também interferem com a síntese de várias proteínas vitais ao desenvolvimento dos vegetais.  A antocianina, entretanto, ao refletir os raios UV, faz com que essa radiação, invisível aos nossos olhos mas visível para os insetos, cause a atração desses importantes agentes polinizadores.5. Um outro aspecto importante dessa substância é como  defensivo, pois empresta um sabor desagradável aos tecidos de certas plantas (quinonos, taninos e flavonóis), protegendo-as de servirem como alimento para animais e pragas.


Extrato da casca de uva
Extraído com água ou soluções alcoólicas da casca de uva vermelho escura, este extrato, dependendo da variedade, contém até 25 pigmentos diferentes. O corante é freqüentemente denominado enocianina, e seu principal cromóforo presente na casca de uva é a mistura complexa de antocianinas: antocianidina (aglicona), açúcar e freqüentemente ácidos. Na natureza, as antocianinas sempre ocorrem na forma heteroglicosídica, contendo uma ou mais moléculas de açúcar e da aglicona antocianidina. São solúveis em água e em mistura de água e álcool, porém insolúveis em óleos e gorduras.


Realizando a atividade investigativa

Material: uma flor bem colorida, folhas de beterraba e/ou de repolho roxo; folhas verdes (guiné, espinafre, couve ou grama); álcool, uma tira de papel filtro (coador de café) de cinco centímetros de largura um socador; um copo de plástico, para cada grupo.

Como fazer:
• Distribua os materiais necessários para o experimento, lembrando que cada grupo investigará somente um tipo de flor ou folha.
• Coloque as folhas ou flor em um copo.
• Com o socador, triture-as.
• Despeje álcool em cada material, cobrindo-o. Aguarde 15 minutos.
• Retire as folhas ou flores trituradas de cada mistura, deixando nos copos só o caldo.
• Mergulhe uma das pontas de cada tira de papel numa mistura.
• Deixe as tiras em repouso por duas horas.
• Ao retirá-las da mistura, coloque-as para secar.



Leia mais:

Você já ouviu falar em grama marinha? Não! Pois elas existem e fazem parte das fanerógamas aquáticas.

As gramas marinhas são  plantas fanerógamas, traqueófitas, de caule tipo rizoma enterrado no substrato móvel dos estuários. Fanerógamas marinhas (gramas marinhas) são plantas com flores adaptadas ao ambiente marinho costeiro da maioria dos continentes do mundo. As gramas marinhas formam extensos bancos e proveem valiosos recursos em águas costeiras rasas em todo o mundo, servindo de alimento e berçário para espécies importantes de pescados comerciais e recreacionais
Elas não podem viver fora do habitat marinho, portanto não devem ser confundidas com gramas verdadeiras halófitas ( que toletram ambientes com alta concentração de sais). 
tais vegetais formam um importante e diverso habitat na zona costeira. Elas compreendem somente 58 espécies incluídas em 12 gêneros atualmente conhecidos (Waycott et al. 1996). 
Servindo como indicador da saúde ambiental (Short et al. 2006). 
Seu sistema de raízes e rizomas une e estabiliza o sedimento do fundo e suas folhas desviam a corrente marinha (Ward et al. 1984, Fonseca & Fisher 1986), melhorando a qualidade da água através da deposição de matéria em suspensão. 
Estas plantas podem regular o oxigênio dissolvido na coluna d’água, modificar o ambiente físico-químico, além de reduzir a clorofila e os nutrientes na coluna d’água (Short & Neckles 1999). 
Seus bancos extensos provêem valiosos recursos em águas costeiras rasas em todo o mundo, servindo de alimento e berçário para espécies de pescados importantes para comércio e recreação (Short & Neckles 1999). M
udanças no nível do mar, na salinidade, na temperatura, nos níveis de CO2 atmosférico e de radiação UV, podem alterar a distribuição, a produtividade e a composição da comunidade de gramas marinhas. 
Por sua vez, alterações potenciais na distribuição e na estrutura da comunidade de gramas marinhas podem influenciar diretamente a biota local e regional, a geomorfologia costeira e os ciclos biogeoquímicos (Short & Neckles 1999). 
Em muitas partes do mundo as gramas marinhas não são bem conhecidas, embora forneçam funções e serviços ecossistêmicos cruciais aos oceanos e às populações humanas costeiras (Short et al. 2006).

As espécies de gramas marinhas brasileiras pertencem a apenas três gêneros: Halodule (Família: Cymodoceaceae) que ocorre em toda costa brasielira, Halophila (Hydrocharitaceae) e Ruppia (Ruppiaceae), tipicamente encontrada no Rio Grande  do Sul, na Lagoa dos Patos. Elas têm forte afinidade com a flora do Caribe (Short et al. 2001), embora ainda haja controvérsias acerca de quantas espécies de fato ocorrem no Brasil (Oliveira Filho et al. 1983, Phillips 1992, Creed 2003).

Os leitos de grama marinha são viveiros delicados normalmente localizados em águas protegidas denominadas estuários onde a agua doce e a água do mar se encontram. A maioria dos peixes do mundo tem a sua origem nos estuários e no habitat de grama marinha relacionado. As gramas marinhas são muito delicadas e a sua destruição pode levar à degradação de todo ciclo marinho.

 Sea grass - gênero Halodue

 

Phyllospadix sp.



 Fontes:

MARQUES, L. V. & CREED, J. C. Biologia e ecologia das fanerógamas marinhas do Brasil. Oecol. Bras., 12 (2): 315-331, 2008. Artigo disponível  para download em: www.oecologiaaustralis.org/ojs/index.php/oa/article/download/107/